Costumes
Posted on 04:29
É sempre bom cumprimentar uzôtt quando se chega à casa dêzz. Daí a extensa lista de modus cumprimentandi que temos por aqui:
- Ôi, Cumpádd!- É o mais comum. Afinal, o sujeito ficou dôidim pelas pérna da Cumádd...
- Bõns djía! - Observe o escorregar do djía. Como? Bote um jota depois do dê e vá escorregando...
- Iaí? - Esse é bem jovem, de modo que se ouve nas grandes e pequenas cidades mineiras.
- Mé'q'tá? - Por aqui há quem cumprimente perguntando. Sem querer saber, é claro. O problema é que tem gente que explica...
- Sim Sinhô! - Bem da roça. E a resposta é óbvia: - Sinhô, sim!
...
Todas essas formas "cumprimentísticas" - entre centenas de outras -, explicitando a fabulosa erudição geraisana, são as "sodas". Hm? "Sodar" que, nas roças de Minas, é cumprimentar. Tudo por causa do cavalo. A história vem dos matinhos que o cavalo fica pastando enquanto o sujeito se abeira da varanda para beliscar um biscoito e sorver um café passado na hora. Feito pela Cumádd. Qual Cumádd? A que o camarada estava olhando. As pernas, sô!
O matinho? Uma ervinha safada que atende pelo singelo nome de soda.
E se o cavalo pasta, e o dono também, o negócio engendrou a "sodagem", que é a cumprimentação; os rituais.
Você acreditou? Rapáis...
"Sodar" é corruptela de saudar. Fazer a saudação, sô. Só isso...