Gulodice

Posted on 03:53


Êta, nóis, gulosos que somos até mandar parar! Minas? Lugar pleno de sabores e grandes mistérios gastronômicos. Alguns até orgiásticos, costuma-se dizer.

Temos muita comida boa para apresentar aos que chegam e aos que ficam. E também aos que vão embora, morrendo de vontade de voltar.

Alguns pratos são tão especiais que recebem até Certificação de Origem, certamente contestada por todos os outros municípios e localidades que têm a certeza da primazia. Por exemplo? O Fabuloso Torresmo de Três Andares de Viçosa, servido na praça, perto da Igreja Matriz. Torresmo de barriga, fritíssimo, pleno de potencialidades "colesterólicas"... Outro? O Espetacular Pastel de Angú de Itabirito (repare que nosso "angú"tem acento, já que vem bem apimentado. E, bem, passarim que come pedra conhece o fiofó que tem...). 

Outras especialidades? Menino! Tem o Magistral Rocambole de Lagoa Dourada e o Sensacional Frango com Ora-pro-nobis de São Sebastião das Águas Claras. Ora-pro-nobis? Um mato espinhento que é refogado até babar na panela. Usado no lugar do quiabo que faltou no dia, certamente, daí a criatividade da cozinheira, autora intelectual do crime.

Mais? Tem muito mais! Por toda parte há Pão de Queijo, institucionalizado como Marca Registrada das Minas Gerais. E Doce Dêlêitch, que dizemos lambendo os beiços, lábios e a colher que enfiamos no pote. E o Tutu? Nóssínhóra! E o Bôll di Fubá? Víjj! E a Goiabada com Queijo, romanescamente denominada Romeu e Julieta? E o Kaol do Café Palhares? Kaol? Ô, sô! Veja a fotografia: a montanha e meia de arroz com feijão, misturadinhos, dois "zuiúdos" (ovos fritos, rapaz!), um pedação de linguiça e uma escolha: o Ká. O Ká? Pôizintão! Pode ser uma Kacháça ou um muncádd di Kôv'i ou ôtt pedáç' di Kárni. Cê iscói.

Vãm'muçá?
...
A fotografia do Kaol veio do blog:
http://www.comensais.com.br/botecos-de-belo-horizonte.htm 

2 Response to "Gulodice"

fatima Says:

esse prato é dos bom ,dá ate água na boca.Fátima

Admin Says:

Hummmmmmm!

Estou torcendo para que o 'MINEIRÊS', que faz parte

da “cultura” de Minas, possa chegar ao público, em

geral, de várias maneiras.

Uma delas, seria em formato de livro, dicionário.

Assim, os mineiros daqui e "dacolá", os brasileiros

de “tôda banda”, poderão levar o

“Produto”para onde bem quiserem e matar a saudade de

Minas, do gostozjei'difaláduminêro, uai!

Meu franguimcaipiracumquiab'eangú tá misperann! Vô

cumê pôc’angú, sinão acab’pocann...

Tô inn...

14 de março de 2010 14:51

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